Renegociar uma dívida é uma decisão que exige cautela e segurança. Existem certos momentos mais favoráveis ao início do processo de renegociação do que outros, e achar esse timing para as primeiras tratativas neste sentido é muito importante. No entanto, mais do que começar a renegociar no tempo certo, o devedor precisa estar preparado para o desenrolar do processo, que normalmente consome várias etapas e tem duração bastante longa.
Quem se aventura de qualquer forma neste caminho, normalmente é derrotado no meio dele. Ao pretender se aproximar do credor ou dele receber alguma proposta para reprogramar o calendário de pagamento da dívida que está vencida, seja aquela que já se encontra em cobrança judicial, seja aquela que ainda não teve sua cobrança ajuizada, o primeiro ponto a ser considerado pelo devedor diz respeito a sua estabilidade emocional.
Um devedor abatido, desesperado para resolver o problema ou pressionado por fatores pessoais, familiares ou mesmo empresariais para fazer a composição, normalmente age contra seu próprio interesse. Antes de querer renegociar o endividamento o devedor precisa recompor-se em suas forças emocionais, para tomar a decisão da forma mais sensata possível, inclusive para ter forças para resistir a determinadas exigências do credor.
O segundo ponto a considerar para alcançar uma boa renegociação é o devedor estar bem ciente de sua capacidade de pagamento, ou seja, se a atividade que desenvolve, e que vai gerar receita para cumprir o cronograma de pagamento que será fixado pela renegociação, é capaz de suportar o novo compromisso. Sem uma certeza nestes termos o melhor é não renegociar.
O terceiro ponto é que o devedor deve estar assessorado por um bom advogado, pois ao renegociar a dívida um novo documento será apresentado pelo credor para ser assinado. E como o documento da renegociação, juridicamente falando, será sempre pior para o devedor do que os documentos que deram origem à dívida em negociação, o advogado deve alertá-lo sobre as implicações jurídicas que virão a partir de então. Muitos devedores desconhecem que ao assinarem um documento de renegociação estão assumindo novas responsabilidades e grandes riscos, pois cláusulas de vencimento antecipado da dívida, de confissão da dívida em números elevados, dentre outras, sempre aparecem e são problemáticas e podem comprometer seriamente seu patrimônio no futuro.
Como existem muitas outras questões envolvidas da renegociação da dívida, apresentamos um curso com orientações e ideias que podem ajudar o devedor nestes momentos. Para saber mais e renegociar melhor acesse o site da Agroacademia clicando aqui.
A história já demonstrou que devedores que renegociaram suas dívidas sem um mínimo de cuidado e assessoria idônea, pioraram o que já estava ruim. Deste modo, querendo sair da dívida ao invés de somente muda-la de lugar, sendo a renegociação da dívida uma decisão muita séria, o melhor é buscar orientação oportuna e de qualidade.
Lutero de Paiva Pereira
Tobias Marini de Salles Luz
Agroacademia Cursos Online
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