O significado da palavra alarme é “às armas”, ou seja, um apelo para se tomar armas para atacar ou resistir a um ataque, visando manter a integridade física ou patrimonial. O pensamento alarmista é, por conseguinte, um modo de despertar as pessoas para luta ou um estado de luta, já que o inimigo se avizinha.
Quem é o inimigo que o agro pensamento alarmista vem sugerindo combate ultimamente? Por mais incrível que possa parecer, é o próprio agronegócio.
Em eventos que se propõem a discutir problemas ligados ao agronegócio, por mais estranho que possa parecer, é o agro, ou seja, o campo, que é apontado como inimigo a ser enfrentado.
Afinal, como afirmam, o agro esquenta o planeta, polui as águas, degrada a terra, adoece o homem e a continuar a saga assassina, não garantirá futuro para ninguém.
Nestes círculos tão fechados de teóricos, é preciso conferir se os ilustres palestrantes já pisaram a terra para além dos limites estreitos da área urbana, se sabem que existe vida para além do ambiente da cidade, se não ignoram que é de um quadrúpede que vem o leite e não da caixinha e, por fim, se estão dispostos a terem encontros somente com break, mas sem coffee.
Com raríssimas exceções, conhecem o conceito jurídico de imóvel rural, mas não o imóvel propriamente dito, menos ainda as atividades que nele são desenvolvidas por pequenos, médios e grandes produtores rurais.
Adeptos de uma corrente filosófica que ignora o que julga saber, vão por aí a semear perplexidade aos ouvidos inocentes dos que processam fé irrestrita em suas palavras.
E o pior de tudo isto é que falam contra o agro, embora sejam sustentados pelo agro, pois, se o campo deixar de produzir, nenhum deles se mantém de pé para falar, muito menos nós, mesmo assentados, para ouvir.
É tempo de uma atitude nova em favor do agro, de um “agro pensamento acalentador”, que seja capaz de ver as coisas excelentes que o agronegócio vem produzindo, pois o bem-estar que ele oferece à cidade em termos de tranquilidade social e ordem pública, sem falar ainda em emprego, renda e riqueza, é algo sem igual.
Se temos que tomar armas às mãos, que sejam para nos defender desse pensamento alarmista contra o agro, pois viemos da terra e para a terra voltaremos, e no intervalo entre estes dois momentos, é a própria terra que nos faz existir.
Se pensarmos melhor, podemos fazer melhor. Já dizia Victor Hugo: É possível resistir à invasão de exércitos; à invasão das ideias não será possível.
Lutero de Paiva Pereira – Advogado especializado em direito do agronegócio em Maringá (PR). Contato: www.pbadv.com.br / pb@pbadv.com.br
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